A disseminação do coronavírus entre humanos na China pode ter origem em morcegos e cobras, como sugere uma análise genética do patógeno; Até agora 25 pessoas não resistíram causando ainda a infecção de mais de 600 pessoas.
Não está claro, entretanto, como o vírus se espalhou entre humanos. Surgiu a suspeita de que o “link” entre os morcegos e as pessoas seja uma sopa que seria consumida em Wuhan, o principal foco do coronavírus e que está isolado.
Na preparação da sopa, o morcego é cozido inteiro, com a barriga aberta.
Estudos
Um estudo, publicado na terça-feira na revista “Science China Life Sciences”, patrocinado pela Academia Chinesa de Ciências de Pequim, analisou a relação entre a nova cepa e outros vírus.
O estudo aponta que o coronavírus que surgiu na cidade de Wuhan está estreitamente relacionado a uma cepa existente em morcegos.
“O fato de os morcegos serem os hospedeiros nativos do Wuhan CoV (coronavírus) seria um raciocínio lógico e conveniente, embora ainda seja provável que haja hospedeiros intermediários na rede de transmissão de morcegos aos seres humanos”, disseram os pesquisadores.
Esse estudo não especulou sobre qual animal poderia ter sido um “hospedeiro intermediário”, mas um segundo estudo da Universidade de Pequim, publicado ontem no “Journal of Medical Virology”, identifica as cobras como possíveis transmissoras.
De acordo com a revista “New Scientist”, a pesquisa comparou o genoma de cinco amostras do novo vírus com 217 vírus parecidos coletados em várias espécies. A conclusão foi de que o novo coronavírus, identificado como 2019-nCoV, se assemelha ao vírus encontrado em morcegos, embora se pareça mais com o vírus encontrado em cobras.