O pequeno Guilherme Prado de Holanda, de 5 anos e que sofre de Transtorno do Espectro Autista (TEA), é apaixonado por animais e tinha como rotina visitar o Zoológico Municipal “Quinzinho de Barros, em Sorocaba (SP). Mas com a pandemia, o garoto precisou se distanciar do local, que está fechado desde março.
Ao G1, a mãe contou que o filho passou a sofrer crises constantes durante a quarentena. E foi isso que a motivou a fazer um pedido especial nas redes sociais para que Guilherme pudesse fazer uma visita exclusiva, mesmo que rápida.
“Pedi para que o deixassem fazer uma visita e ver os animais. Ele tem tido muitas crises, porque sente falta da escola, que está fechada. Cheguei a ir até o zoo com ele, mas não nos deixaram entrar. Então, fiz uma postagem”, conta a mãe, Patrícia Prado.
Para sua surpresa, o post recebeu diversos compartilhamentos e chegou até a prefeitura. Patrícia recebeu, então, uma ligação de Josiane Gomes, chefe de Divisão de Zoológico e Bem-estar Animal da Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Sema).
“Nós agendamos um horário e um dia para a visita. Eles me perguntaram também de quais animais o Gui mais gostava para que pudessem atendê-lo melhor durante o passeio. Isso para mim foi muito especial”, diz.
Mãe de Guilherme fez um post nas redes sociais pedindo para que visita no zoológico de Sorocaba fosse autorizada — Foto: Reprodução/Facebook
Tarde especial
Guilherme teve o zoológico todo só para ele durante uma tarde. Segundo a mãe, ele ficou tranquilo e feliz em poder ver os animais de perto.
“Deixaram ele andar livremente, isso ajudou muito. Assim ele se aproximava dos animais que mais gostava, sempre sorrindo e muito animado”, conta.
Guilherme observando o elefante do zoológico de Sorocaba — Foto: Divulgação/Secretaria do Meio Ambiente
Patrícia ainda contou ao G1 que momentos como esse são muito especiais, já que o dia a dia pode ser muito difícil.
“Ele toma remédios quatro vezes ao dia e não pode ficar sozinho, nossa rotina é muito complicada. Além disso, ele não fala muito e também pode ficar agressivo durante as crises, mas eu dou o meu máximo para conseguir acalmá-lo e evitar que se machuque e que me machuque também”, explica.
O momento de descontração durante um período tão difícil se tornou uma lembrança especial.
“É um gesto simples, foi uma visita rápida. Mas é muito especial pra mim, como mãe, poder ver meu filho feliz. Uma sensação de dever cumprido”, diz.
Guilherme junto com a mãe, Patrícia — Foto: Arquivo pessoal
Guilherme sempre gostou muito de animais, segundo a mãe — Foto: Arquivo pessoal