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Este é o animal que transmitiu o coronavírus aos seres humanos

Cientistas chineses descobriram que o Pangolin é um hospedeiro intermediário em potencial para a transmissão de Coronavírus de morcegos para humanos.

Pesquisadores da Universidade Agrícola do Sul da China acreditam que poderia haver um hospedeiro intermediário para o Coronavírus após testar mais de 1.000 amostras de animais selvagens. Os pacientes com Coronavírus exibem 99% de sequência genômica idêntica à dos vírus encontrados nos Pangolins.
A universidade revelou isso em uma declaração sem fornecer nenhuma informação adicional sobre suas pesquisas.

A espécie ameaçada de extinção está entre os animais mais comercializados ilegalmente do mundo, com uma enorme demanda na China, onde sua carne é vendida no mercado negro e suas escamas são usadas para fins medicinais, embora sem benefícios médicos.
Após a disseminação do novo Coronavírus, a China proibiu temporariamente o comércio de animais selvagens. O vírus misterioso, que emergiu de um mercado de animais em Wuhan em dezembro do ano passado, mais de 600 pessoas não resistiram, com mais de 31.000 casos registrados em todo o mundo.

Os pangolins foram, recentemente, apontados como o elo que permitiu que o novo coronavírus 2019-nCoV se espalhasse de morcegos, para os seres humanos. Esses mamíferos são muito comuns nos mercados de rua da China. Além disso, são também vendidos ilegalmente na Ásia e África.

De acordo com pesquisadores da Universidade Agrícola do Sul da China, em Guangzhou, província de Guangdong, os vírus que foram encontrados, nesses animais, são 99% idênticos aos das pessoas que contraíram o coronavírus.

Em comunicado divulgado pela agência de notícias Xinhua, a instituição informou que “as sequências genômicas do novo tipo de coronavírus isolado dos pangolins foram 99% idênticas às das pessoas infectadas, indicando que os pangolins podem ser um hospedeiro intermediário do vírus”.

O novo vírus, para os especialistas, surgiu no final de 2019, em um mercado de animais vivos, na cidade de Wuhan, no centro da China. Até então, a origem, como havia sido apontado, seria em morcegos. Porém, desde o início da epidemia, os pesquisadores sugeriram que havia grandes possibilidades de um “hospedeiro intermediário” poderia ser responsável pela transmissão da doença para as pessoas.

Segundo Liu Yahong, presidente da universidade, o estudo, agora, pode ajudar na prevenção e controle da epidemia. Além disso, também pode oferecer referência científica para políticas sobre animais selvagens. Os pesquisadores testaram mais de mil amostras de animais selvagens, até descobrirem que as sequências de genoma dos vírus eram semelhantes nesses mamíferos.

Atualmente, o pangolim, de acordo com a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), é considerado o animal mais comercializado ilegalmente no planeta. O mamífero, além disso, também está em ameaça de extinção.

Nos últimos anos, segundo levantamentos recentes, estima-se que mais de 1 milhão de pangolins foram arrebatados de florestas asiáticas e africanas. Comprada no mercado clandestino, a carne desses pequenos mamíferos é considerada uma iguaria na China e em outras partes do mundo.

As escamas dos pangolins, por serem compostas principalmente de queratina, são muito utilizadas na medicina tradicional.

A China, logo após a doença ter se espalhado por praticamente todos os continentes, ordenou uma proibição temporária do comércio de animais selvagens, até que a epidemia esteja sob controle.
No final de 2019, a China anunciou ter detectado uma nova estirpe de coronavírus. O vírus foi catalogado como 2019-nCoV. Como todos sabemos, a doença pode ser transmitida de pessoa para pessoa, é contagiosa e, durante a fase de incubação, que perdura por 14 dias, não apresenta sintomas. O coronavírus e seus sintomas mais graves surgem, especialmente, em pessoas mais velhas e que tenham alguma doença crônica.

É importante salientar que uma pessoa contaminada pelo coronavírus pode apresentar sintomas variados, desde infecções em vias aéreas superiores bem parecidas com um resfriado comum ou até casos de pneumonia ou insuficiências respiratórias agudas. Por se tratar de uma doença nova, quaisquer indícios de dificuldades respiratórias merecem atenção especial.

Até agora, ao menos 31 mil pessoas foram infectadas. A doença, que já se espalhou para duas dezenas de países, ocasionou 630 mortas. Em 30 de janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou uma emergência internacional, frente à propagação do novo coronavírus.

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