Depois de desistir da construção de um parque eólico para não comprometer o habitat de milhares de renas selvagens, os políticos noruegueses se recusaram a perfurar um poço de petróleo de um bilhão de dólares. A situação causou uma ruptura entre o grupo de trabalho e a indústria do petróleo no país, mas é por uma boa causa: para evitar a exploração das ilhas Lofoten no Ártico, considerado uma maravilha natural.
A Noruega é um dos 20 maiores produtores de petróleo do mundo, segundo O Globo. Acredita-se que a área das ilhas Lofoten, que não serão exploradas, tenha de 1 a 3 bilhões de barris de petróleo, o que poderia manter os níveis de produção do país estáveis.
A negação é mais uma indicação de que o governo norueguês está disposto a buscar alternativas para os combustíveis fósseis. Recentemente, o país apresentou um fundo de petróleo de US $ 1 trilhão para investimentos em projetos de energia renovável, como solar e eólica.
Parece que o respeito pelo meio ambiente só ocorre dentro das fronteiras. Em 2018, a usina hidrelétrica, cujo acionista majoritário é o governo da Noruega, foi responsabilizada pelo lançamento de rejeitos não tratados em nascentes amazônicas por meio de oleodutos clandestinos. O relatório da BBC Brasil também indica que "a empresa devia R $ 17 milhões ao Ibama em multas pela contaminação dos rios da região em 2009".