Simulação realizada por epidemiologistas sugere que apenas 5% dos casos de contaminação estão sendo detectadas
Um simulação de computador feita por epidemiologistas indica que apenas 5% das infecções pelo novo coronavírus estão sendo efetivamente detectadas na China, e a epidemia cresce num ritmo rápido o suficiente para atingir mais de 130 mil casos em dez dias.
Liderado pela Escola Médica da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, o trabalho indica que o novo patógeno batizado com o acrônimo 2019-nCoV (novo coronavírus de 2019) se espalha mais rápido que os outros dois coronavírus agressivos que já causaram pandemias, a Sars e a Mers.
Num estudo que foi publicado às pressas, ainda sem revisão independente por parte de outros cientistas, o epidemiologista inglês Jonathan Read e colegas das universidades da Flórida e de Glasgow sugerem que as medidas duras de contenção impostas pelo governo chinês em Wuhan, epicentro da epidemia, não devem ser suficientes para conter sua disseminação.